"Eduquemos as crianças, e não será necessário castigar os homens" - Pitágoras

segunda-feira, 31 de março de 2014

Dois sites da semana







domingo, 30 de março de 2014

"Prova é fotografia"



Didáticas inovadoras para as novas gerações 
Escrito por Dulce Mesquita

Retirado deste link


Mudanças, geralmente, representam desafios. Na educação não é diferente. A adoção de novas tecnologias e metodologias de ensino passa por um período de desconfiança antes de ser amplamente aceita e efetivada no dia a dia. No Brasil, mesmo a passos lentos, somam-se as experiências que estimulam os estudantes a serem proativos na busca pelo conhecimento e pelo desenvolvimento de competências. Escolas que quebram as barreiras do processo ensino-aprendizagem tradicional ousam na organização do ambiente, na utilização de novas didáticas e recursos e na mobilização de alunos, professores, familiares e comunidade.  
Uma das fontes inspiradoras para essas escolas consideradas inovadoras é a Escola Básica da Ponte, em Portugal. Desde a década de 1970, a instituição aplica a educação democrática, que substitui as salas de aula por espaços de trabalho em grupo, propõe a atuação dos professores como tutores e está mais centrada em dar condições para o autodesenvolvimento do alunado, entre tantos outros instrumentos pedagógicos que constituem o projeto educativo. Essa nova realidade está baseada nos princípios de que a escolarização e o trajeto de crescimento de cada pessoa são únicos e irrepetíveis e na necessidade de valorizar a construção da identidade pessoal, estimulando a iniciativa, a criatividade e a responsabilidade.
De fato, essas práticas visam adequar a escola às mudanças que o mundo enfrenta, especialmente em relação ao acesso às informações, à velocidade das transmissões e às redes colaborativas que tanto marcam o ambiente virtual e com as quais os estudantes estão habituados a conviver. Isso significa que a atual escola precisa ser repensada e totalmente reformulada para se aproximar da nova realidade e ser mais atrativa. “A escola tem que mexer na organização de tudo o que envolve as formas de ensinar e do aluno aprender: as metodologias de ensino, a ampliação de múltiplos espaços e tempos, com a presença das tecnologias digitais no cotidiano e na sala de aula”, frisa o educador José Manuel Moran.
O foco é uma formação que promova a autonomia do estudante. “Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados. Se queremos que sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades expressivas”, salienta o professor. Ou seja, as metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Como eles estão sendo ampliados, a escola deve mudar.
Essa inovação requer gestores atentos às mudanças e dispostos a colocar os melhores projetos em prática. “Um gestor é um líder, fundamental para a aceleração das mudanças necessárias numa escola envelhecida, obsoleta e pouco relevante para a formação profissional e para a formação para a vida”, destaca Moran. Esse perfil não é apenas para quem atua diretamente nas instituições de ensino, mas também para os responsáveis pela gerência da educação pública. “Muitos se justificam na burocracia, na falta de verbas, no corporativismo dos profissionais da educação para deixar tudo como está. Mas um bom gestor promove, favorece, estimula mudanças nos modelos pedagógicos, na atualização metodológica, na viabilização de recursos tecnológicos e na mobilização de professores, funcionários, famílias e comunidade”, complementa.
Os docentes também precisam assumir novas posturas, ser mais proativos e inovadores. Nessa nova visão, a atuação do professor continua a ser fundamental, mas tem uma perspectiva mais ampla: direcionar os alunos, com seus diferentes ritmos de aprendizagem e habilidades, motivá-los a novas descobertas, sendo um interlocutor capaz de estimular cada estudante no caminho da aprendizagem. A atualização permanente também é extremamente necessária. “As instituições podem incentivar muito essa educação continuada e novas propostas de ensino mais atraentes, mas se os professores não saem de sua zona de conforto, se esperam só por diretrizes de cima, não se preparam nem praticam as mudanças que hoje são possíveis e necessárias, o modelo não vai para frente”, adverte.
Célio Cunha, professor da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Católica de Brasília (UCB), destaca ainda outro aspecto importante: a relação professor-aluno. “O professor pode fazer um ensino dirigido, trabalhar com técnicas individuais, aproveitar pedagogicamente bem as novas tecnologias, mas entrar na sala de aula com convicção de que gosta dos alunos é que representa uma indicação muito boa para o sucesso”, explica. “Gostar dos alunos é imprescindível, porque o processo educativo não é só um processo de transmissão de conhecimento, mas é também um processo de formação de pessoas responsáveis, de um cidadão com mente democrática, solidária, respeitadora dos direitos, sem discriminação", completa.
Pelo País, as experiências são muitas e já é possível colher resultados dessa educação democrática e participativa.

Um novo jeito de ensinar
Conheça a seguir as experiências de escolas que inovam em suas práticas pedagógicas.
Gestão democrática
Há cinco anos, a Escola Politeia surgiu em São Paulo com a proposta de uma educação baseada na democracia, linha educacional que estimula a gestão compartilhada, em que os alunos também são componentes ativos, assim como os educadores. Na instituição, os alunos do ensino fundamental opinam não apenas nas questões referentes ao currículo e nas atividades pedagógicas que serão adotadas, mas também têm parcela de responsabilidade nas relações de convivência da comunidade escolar.
Em relação aos estudantes serem responsáveis por suas ações, a escola tem nas assembleias semanais instrumentos fundamentais da gestão das relações.  Todas as segundas-feiras, alunos, professores e funcionários se reúnem para estabelecer a dinâmica de utilização dos espaços e materiais, além das regras de convivência. O objetivo é que, por meio da participação, os estudantes compreendam melhor quais são os direitos e os deveres de cada membro da comunidade escolar e se esforcem para manter o respeito às normas.
O espaço aberto para debate também é uma forma de solucionar conflitos. “Promovemos um fórum em que os estudantes envolvidos no conflito sentam para conversar com mediadores: outro estudante e um educador. A causa do conflito é discutida abertamente e são propostas soluções, que são acompanhadas ao longo da semana para avaliar se o problema foi resolvido ou não”, explica um dos gestores da Politeia, Osvaldo de Souza. A instância máxima de decisão coletiva é o Conselho Escolar, formado também pelos pais e pela comunidade em que a escola está inserida.
Na gestão do conhecimento, a ideia é de produção colaborativa. O ponto de partida são as pesquisas individuais com temas de interesse dos próprios alunos. A partir daí, os educadores elaboram o conteúdo que será trabalhado com os estudantes, respeitando os diferentes níveis de ensino. Semanalmente, estudantes e professores conversam sobre como planejar e avaliar os estudos individuais e coletivos.  “As aulas não são expositivas, porque não há separação por séries. Os alunos são agrupados para aprimorarem os conhecimentos e as habilidades, de acordo com os seus objetivos e interesses”, explica Souza.
O modelo de avaliação também foge do tradicional e permite um acompanhamento mais amplo do desempenho dos estudantes. “Não temos prova, porque a prova é como uma fotografia. Já a avaliação tem que ser como um filme, uma coisa mais contínua, não um momento só”, destaca Osvaldo de Souza. Três ferramentas são utilizadas para avaliar o aluno. A primeira é a pesquisa individual; a segunda, o relatório elaborado pelos professores em cada grupo de estudo. Os alunos também fazem uma autoavaliação. “A nossa ideia é inverter a ordem da educação tradicional. Partimos do interesse do próprio estudante para planejar as trilhas educativas. Aqui, respeitamos o interesse de cada um e a cultura em que estão inseridos. Além disso, também respeitamos e estimulamos a autonomia, com o objetivo de formar um sujeito crítico e ativo, capaz de conviver bem e atuar na sociedade em que vive”, finaliza. 
Ambiente reorganizado
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima, em São Paulo (SP), as pequenas salas deram lugar a três grandes salões. Neles, os estudantes desenvolvem suas atividades em um mesmo ambiente, respeitando os ciclos de formação: alfabetização (1º e 2º anos), 3º ao 5º anos e 6º ao 9º anos. Reunidos em grupos de cinco, os alunos desenvolvem as atividades diárias com a ajuda dos professores, que se revezam e ajudam a todos ao mesmo tempo. “A partir desse grande salão, a gente introduz uma prática muito diferente na escola: os alunos trabalham juntos e os professores, também. Isso é importante para compartilhar processos, o próprio espaço e o fazer pedagógico”, considera a diretora Ana Elisa Pereira. Ela explica que cada professor fica responsável pela tutoria de quatro grupos de até cinco alunos, e que cabe a eles a responsabilidade de acompanhar as atividades e os processos individuais e coletivos.
Ao longo do ano, os alunos recebem apostilas com roteiros de pesquisa, com objetivos específicos, elaborados com base nos livros didáticos entregues aos estudantes. Cada criança escolhe a ordem para seguir os roteiros, sendo obrigatório que, até o final do ano, todos tenham sido compreendidos. Todos podem fazer pesquisas  nos livros didáticos distribuídos no salão, na biblioteca (que tem aproximadamente 18 mil títulos) ou na sala de informática. No fim de cada roteiro, o discente deve escrever um relatório – o portfólio –, que é analisado pelo tutor responsável. "O interessante é que, mesmo que estejam sentados juntos, os alunos nem sempre estão no mesmo roteiro. Entendemos que o grupo não é importante para fazer o mesmo trabalho, mas para aprender a trabalhar em grupo, a ser solidário, a ajudar, a se regular no coletivo”, ressalta a diretora.
Paralelamente, são realizadas oficinas de português, inglês e matemática em salas menores. “Organizamos dessa forma porque a dinâmica que envolve esses conteúdos é um pouco diferente. A matemática, por exemplo, tem uma ideia hierárquica do conhecimento, por isso o professor tem que seguir uma ordem. Nas aulas de leitura e escrita, são feitas análises de textos ou o professor trabalha um gênero textual específico, uma questão gramatical que queria destacar”, explica a diretora. Além disso, os alunos também participam de atividades como danças brasileiras, capoeira, artes, teatro, laboratório de Ciência e cultura corporal.
A avaliação é feita por meio da ficha de finalização, preenchida pelo estudante ao final de cada roteiro e corrigida pelo tutor. Os estudantes também produzem textos pessoais sobre o conteúdo trabalhado. “É nesse momento que a criança vai dizer como entende aquele assunto na própria vida. A gente propicia uma formação com foco na construção da autonomia, por isso é importante conhecer o olhar do estudante sobre tudo o que ele aprende e sobre a sociedade”, completa. Para Ana Elisa, a integração da comunidade foi fundamental para que o projeto desse certo. “Foram eles que exigiram que a escola desse uma resposta alternativa para atender às expectativas de um novo modelo de educação”, enfatiza.

Matéria publicada na edição de fevereiro de 2014. Confira a matéria na íntegra na versão impressa.

sábado, 29 de março de 2014

Não parece,mas é!



Esse post a princípio, pode não parecer ligado ao tema desse blog, mas é.

Se lidamos hj em dia com Educação unida à Informática (embora ainda não seja algo com índices desejados), a leitura desse texto é imprescindível.
Fora que ele serve para toda e qualquer pessoa do Planeta,mesmo fora dos muros da escola.



O que é phishing e engenharia social (ou como escapar de golpes na internet)



" Este não é um tutorial sobre como instalar o último anti-vírus, é um guia para abrir a mente e reconhecer ameaças que se dão, muitas vezes, fora dos computadores.
Apesar da fiscalização e punição de crimes digitais terem crescido bastante, a internet tem algumas características que dificultam bastante o processo.
Toda informação pode ser replicada rapidamente, de forma praticamente instantânea, sendo assim, no momento em que um site nocivo é fechado, vários outros quase idênticos estão nascendo.
Outro problema é dificuldade de controle geográfico. Muitos sites maliciosos estão hospedados em servidores localizados fisicamente em países onde existe pouca ou quase nenhum tipo de legislação que responda por crimes eletrônicos, como por exemplo a Rússia.

Se alguém faz uma denúncia sobre um site que está coletando dados de cartão de crédito, a polícia brasileira vai apurar, chegar aos detalhes do servidor e pode acabar esbarrando num país que não faz a mínima questão de colaborar. O site vai continuar no ar por um bom tempo."
Mesmo assim, é importante denunciar. A Carolina Dini fez um excelente texto explicando a quem recorrer quando se deparar com fraudes online, vale a pena dar atenção ao conteúdo.
Como nem todas as denúncias podem ser apuradas imediatamente e a quantidade de ameaças cresce num ritmo alarmante, o que nos resta é saber como nos proteger e analisar quando estamos diante de uma fraude ou golpe.

Continua neste link




quinta-feira, 27 de março de 2014

Um lembrete





quarta-feira, 26 de março de 2014

Ferramentas online para professores e alunos



8 ferramentas online que aproximam professores e alunos
12/03/2014



Retirado deste site



Quer construir um relacionamento mais próximo e positivo com os seus alunos? Veja 8 ferramentas online que podem proporcionar isso


Independentemente da instituição de ensino em que você estuda é importante que você tenha um bom relacionamento com o seu professor. Uma relação saudável poderá ajudá-lo a entender melhor os conteúdos lecionados e até colocá-lo no mercado de trabalho. Para os professores também é interessante esse tipo de relacionamento, já que é possível ensinar melhor quando todos estão bem. Por isso, veja 8 ferramentas online que podem ser úteis para aproximar professores e alunos:



1 – Skype
Skype facilita a comunicação fácil e rápida entre professores e alunos. Por meio dele, os docentes podem propor discussões e debates, e alunos podem tirar dúvidas. 



2 – Hangouts
Que tal realizar um debate em grupo por meio dos Hangouts? Com uma conta no Google+, seus alunos podem realizar encontros virtuais por meio de vídeos e conversar entre si. 



3 – IDroo
Com o IDroo, é possível fazer salas de bate-papo com os seus alunos e utilizar uma lousa branca para escrever e mostrar o que está sendo debatido. Muito útil para professores que lecionam matérias como matemática, química, biologia e física. 



4 – Wikispaces
Wikispaces é um local de conhecimento colaborativo onde professores e alunos podem compartilhar seus trabalhos com outros estudantes. Além de colaborar entre si, você pode também ajudar no trabalho dos outros. 



5 – Animoto
Por meio do Animoto, você poderá combinar vídeos, imagens e músicas para criar uma apresentação online interessante para os seus alunos ou para o seu professor. É uma ótima ferramenta para compartilhar conhecimento de forma fácil e didática. 



6 – Tutor’s Office
Está com dificuldade para organizar todas as suas tarefas? O Tutor's Office pode ajudá-lo com isso: ele oferece diversas ferramentas para que você possa organizar e selecionar as suas tarefas. 



7 – Moodle
Deseja integrar todo o conteúdo em um só lugar? Com o Moodle, isso é possível. Nele, você cria uma página e cadastra arquivos, textos, vídeos e imagens para que seus alunos acessem. É muito útil para quem possui muitas salas diferentes e tem dificuldade para lidar com todas elas. 



8 – YouTube
YouTube pode ser útil tanto para professores, quanto para alunos. Para os educadores, é possível gravar vídeo-aulas e publicá-las por meio de um canal. Já os estudantes podem entregar trabalhos em formato de vídeo e postar no YouTube para que o professor veja.








Um pouco de Arte pra sua vida




Retirado deste link


As análises só podem ser vistas por completo acessando o link acima.







terça-feira, 25 de março de 2014

A realidade da escola de hoje não é mais a da sua época!




Metamorfose educacional

Escrito por Fábio Torres

Retirado deste link



A geração Z – conforme convenciona-se – é aquela composta por quem nasceu em meados da década de 1990 até o começo do novo milênio e que possui um domínio acima da média de tecnologias como computador, smartphonetablets, etc., uma vez que nasceu e cresceu no mesmo período da popularização desses aparelhos.
Por isso, essas crianças e adolescentes são muito mais hiperativos e dispersos que os de gerações anteriores, pois querem tudo com velocidade, “pra ontem” – na gíria desta geração –, prezando o imediatismo e o dinamismo. Esse público está hoje adentrando o mercado de trabalho ou então ocupando as cadeiras das salas de aulas, ocasionando um inevitável choque de gerações com os professores, coordenadores pedagógicos e gestores, pertencentes a uma época na qual essas tecnologias não existiam ou, se existiam, tinham o acesso bastante limitado.
Para o conferencista, empresário e escritor Gilberto Wiesel, o único jeito de lidar com esses entraves é passar por um longo e profundo processo de mudança. Deve-se mudar o comportamento dos gestores e educadores, que devem estar dispostos e interessados em aprender sobre as novas tecnologias (de modo que possam dialogar com os alunos, trocando experiências valiosas), e também deve haver uma adaptação da infraestrutura da escola, buscando equipá-la com o que há de mais moderno, sejam computadores, notebooks ou tablets, ou então fazendo melhor uso dos equipamentos que já existem dentro da instituição. Especialista em treinamento de diretores, gestores e empreendedores, Wiesel esteve em julho de 2012 em Curitiba (PR) palestrando sobre esse conflito de gerações no Fórum Internacional de Gestão, Liderança e Competências na Educação. Na oportunidade, ele conversou com exclusividade com a revista Gestão Educacional, dando dicas e conselhos preciosos para os educadores preocupados em manter um alto nível de qualidade de ensino, mesmo tendo à sua frente alunos tão diferentes daqueles de 10 anos atrás.
Gestão Educacional: Como é essa nova geração consumidora de saber?
Gilberto Wiesel: Essa nova geração já vem bem embasada e muito forte na área de tecnologia. Hoje em dia, esses jovens estão acostumados com coisas muito modernas, muito rápidas e muito imediatas. É a famosa geração “não tenho tempo”, que não tem muito tempo pra perder, que não quer ficar muitos anos estudando, que quer as coisas muito imediatas e, principalmente, que está muito acostumada com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e com a modernidade. É aí que entram hoje os grandes choques dentro das organizações educacionais; muitas vezes, as escolas não são tão atraentes quanto esta nova geração gostaria que fosse.
Gestão Educacional: Essas organizações educacionais, portanto, não são exatamente do jeito que o público quer. Quais são os desafios que o gestor tem para adaptar as escolas para esta nova geração?
Wiesel: O grande desafio é que o gestor vai ter que desenvolver novas competências. E quando falamos em novas competências, queremos dizer que são competências na área de materiais, de tecnologia, como também na área humana. Vamos ter que nos adaptar e resolver logo essas questões materiais e de tecnologia para tornar nossas empresas educacionais atrativas, para manter este cliente [o aluno]. Esse jovem quer participar, mas ele quer coisas modernas. Então nós vamos ter que correr o quanto antes atrás dessas novas tecnologias. Não adianta a gente imaginar que não vai ser assim e ficar acreditando que isso não é verdadeiro. É muito verdadeiro, porque esse jovem tem, hoje, dentro de sua casa, televisão de última geração, computador de última geração, tudo muito rápido, muito colorido. Qual é o motivador que esse jovem terá para ir para a sala de aula se ele não encontrar a mesma tecnologia que tem dentro de casa? O que vai fazer com que ele queira ir [para a escola] e goste de estudar? Portanto, a primeira coisa é esta questão das ferramentas de comunicação. A segunda é a questão comportamental, ou seja, nós vamos encontrar dentro da sala de aula pessoas de gerações totalmente distintas, professores de gerações anteriores, que pensam de forma totalmente diferente daqueles jovens que estão ali; então nós vamos ter que adaptar [isso], e é aí que vem a busca das novas competências comportamentais para poder entender esse jovem, que é o novo consumidor do saber.
Gestão Educacional: O gestor como pessoa e como profissional está preparado para lidar com esse jovem?
Wiesel: Eu diria que ele não está totalmente preparado, mas tem muitos que já estão se preocupando com isso. Muitas escolas estão buscando essa capacitação porque já perceberam a mudança e começaram a preparar estas pessoas para essa nova realidade. Mas quando eu falo isso, não é somente nas escolas – é em todas as organizações, públicas ou privadas. As pessoas estão tendo que se adaptar a esse novo consumidor que está entrando no mercado de trabalho para consumir e também para trabalhar. Então, está acontecendo uma evolução. Ela não é tão imediata como a gente gostaria ou precisasse que ela fosse, mas ela está acontecendo.
Gestão Educacional: Frente a esse novo momento, deve haver uma mudança na formação do gestor?
Wiesel: Sem sombra de dúvida. Principalmente numa questão de comportamento: a gente hoje vai ter que aprender a aprender, aprender a mudar e aprender a fazer. Mas isso tudo vai depender do interesse; deveremos ter interesse em entender que nós precisaremos passar por um processo de mudança. Ela começa a acontecer a partir do momento em que você passa a perceber a pessoa que está à sua frente de uma forma diferente. Hoje, não basta apenas você olhar o seu aluno como um produto, que está ali para absorver tudo que você acredita que seja importante. Você tem que começar a olhar a pessoa que está à sua frente como um cliente, [e nessa condição ele] tem exigências diferentes de um aluno. A partir do momento que você começa a perceber essa pessoa como um cliente, começa a mudar a sua [própria] postura, porque vai ter que fazer o que a pessoa quer que você faça, e isso já é uma mudança de comportamento.
Gestão Educacional: Nesse processo de mudança, como preparar o professor que antes era (ou foi tido) como a única fonte de informação do aluno, mas que hoje em dia assume um novo papel com a presença da internet? Como o professor deve agir agora neste papel de mediador?
Wiesel: A primeira coisa que o professor tem que ter em mente é a conscientização. Conscientizar-se que essas coisas estão acontecendo, que ninguém está falando isto por falar e que isto é uma realidade. A partir do momento que eu me conscientizo, eu começo a perceber que ou eu mudo ou eu fico fora do mercado. Então tudo começa não pelo que as pessoas acreditam, mas sim pelo que eu acredito e começo a perceber que é importante. Eu, como professor, como novo profissional perante um novo cliente, necessariamente vou ter que mudar. O que passou, passou. Não que isso não seja importante. Vai dar a base, mas não serve mais para a nova realidade do mercado agora.
Gestão Educacional: E o ambiente escolar está adaptado para este novo aluno conectado, que quer as coisas já, que não tem paciência?
Wiesel: Ainda não, porque no Brasil o ambiente escolar, por incrível que pareça, ainda carece de recursos. Portanto, muitas vezes [essa falta de adaptação ocorre] não porque o professor ou a organização não queiram mudar, mas por causa dos recursos disponibilizados para a educação. Se nós tivéssemos no País mais recursos disponíveis para as pessoas mudarem, com certeza já seria um avanço fantástico. Por outro lado, o que a gente percebe é que as empresas de tecnologia já estão, cada vez mais, criando produtos para serem usados na sala de aula. Produtos extremamente modernos, dinâmicos e interativos, para que as escolas possam então conquistar esse novo cliente. Tem muito a ser feito, mas eu acho que o caminho é por aí.
Gestão Educacional: Então o gestor pode tomar quais medidas para adaptar a escola?
Wiesel: Primeiro, a gente tem que começar por aquilo que se tem. Muitas vezes, as empresas educacionais têm algumas ferramentas que estão encostadas. Se você não tem todos os recursos de tecnologia, crie então outras formas de interação com o aluno. Enquanto não se tem a tecnologia propriamente dita, cria-se a “tecnologia do comportamento”, ou seja, a interação. Esse novo aluno é aquele que não consegue ficar parado um só minuto, então não dá mais pra pensar numa aula que não seja dinâmica. Você tem que usar dinamismo para encantar esse estudante. Se não tem a tecnologia, use o que se tem de conhecimento, mas você deve mudar o seu comportamento para que isso aconteça. Aí o professor já começa aos poucos a mudar até que chegue a tecnologia ou que cheguem os recursos necessários para que essa mudança ocorra de forma efetiva.

Matéria publicada na edição de novembro de 2012 da revista Gestão Educacional

sábado, 22 de março de 2014

"Rapto das Sabinas" - A História se une à Arte



Retirado deste link

Rapto das Sabinas na origem de Roma

O Rapto das Sabinas é uma lenda através da qual se explica a ligação dos romanos com os sabinos ainda nas origens da cidade de Roma.

Publicado por: Tales dos Santos Pinto em Roma Antiga



A intervenção das Sabinas, obra de Jacques-Louis David (1748-1825) referente à lenda presente nas origens de Roma



Rapto das Sabinas é um episódio lendário da origem da cidade Roma e está relacionado com a formação da população da cidade e com os primeiros momentos de sua expansão. As principais fontes da história encontram-se em Plutarco e Tito Lívio, que, através de trabalho biográfico e de história da cidade, apresentaram a lenda do Rapto das Sabinas e algumas de suas versões.

A que parece ser a mais difundida das versões do episódio, a origem do rapto era uma tentativa de Rômulo, o primeiro governante da cidade, de conseguir esposas para a jovem população masculina romana. Ações diplomáticas haviam sido tentadas com os povos vizinhos a Roma, principalmente os Sabinos, para que fosse disponibilizada para matrimônio com os romanos parte de sua população feminina.

Entretanto, todos os chefes das cidades vizinhas negaram os pedidos dos romanos. O recurso à força parecia aos romanos ser a única forma de resolver seus problemas de descendência, pois, sem mulheres, estavam fadados a não deixar filhos, o que colocaria em risco a recém-fundada cidade de Roma.





O Rapto das Sabinas, escultura de Giambologna (1529-1608) feita em uma única peça de mármore



Segundo Tito Lívio, Rômulo conseguiu dissimular sua resignação frente à negativa e organizou um festival em honra a Netuno Equestre, o qual chamou de Consualia. A população de cidades da vizinhança foi convidada, inclusive os membros das classes abastadas e seus familiares. Os princípios de hospitalidade foram respeitados no início, com os anfitriões oferecendo estadia e alimentação aos convidados.

A surpresa ocorreu durante a celebração do festival. Com um gesto de Rômulo, anteriormente combinado, os jovens homens romanos lançaram-se na captura das jovens mulheres que estavam na cidade. O rapto teria ocorrido de forma indiscriminada. Entretanto, algumas das mais belas mulheres teriam sido capturadas a mando de patrícios romanos por plebeus a seus serviços.

Os convidados retiraram-se injuriados da cidade, frente à violência sofrida e à quebra da hospitalidade com os visitantes. Expedições militares foram pensadas para combater a ação dos romanos. As primeiras excursões contra os romanos foram derrotadas.





Gravura de John Leech (1817-1864) mostrando satiricamente o Rapto das Sabinas para o livro A História Cômica de Roma


Mas os Sabinos conseguiram entrar na cidade de Roma, após uma traição de uma romana, que desejava obter o ouro que eles carregavam em seus pulsos. O inesperado aconteceu durante os combates. As Sabinas, que haviam sido raptadas, intercederam no combate com o objetivo de acalmar seus maridos e parentes. Não queriam que seus filhos e netos ficassem marcados com o estigma do parricídio, e se alguém deveria morrer que fossem elas, a causa da guerra.

De acordo com essa argumentação apresentada por Tito Lívio, as sabinas conseguiram pôr fim ao conflito. Foi travado um tratado de paz, e os Sabinos passaram a compor a população romana, que duplicou. Os chefes sabinos foram aceitos nas funções diretivas, auxiliando, dessa forma, o fortalecimento da cidade de Roma."


sexta-feira, 21 de março de 2014

Livro Motivacional




Hoje descobri um livro fantástico, do mesmo teor do livro que falava sobre Disciplina (está a alguns posts abaixo).

O título do livro mexe bastante, acredito que com qualquer um de nós. Se chama "Desistir Nunca!", do autor Raphael Gouvea Monteiro.


Esse livro, como o outro que postei, não serve só pra professores, mas para qualquer profissional. Aliás,serve para qualquer pessoa, inclusive para ALUNOS.


Numa parte do livro, achei um dado muito importante que aqui, destaco para DOCENTES E ESTUDANTES:




Palestras

"Diante dos pedidos de algumas pessoas e empresas, eu criei um ciclo de palestras com base nos ensinamentos do livro. As palestras são PERSONALIZADAS e ESPECÍFICAS para o determinado grupo de pessoas. Elas podem ser ministradas para grupos de estudantes de ensino médio com foco no vestibular, para estudantes de concursos públicos, para funcionários de empresas, grupo de pessoas que querem emagrecer, ou até grupos de pessoas que querem desenvolver projetos inovadores e/ou abrirem uma empresa...

Caso você queira saber mais sobre as palestras, entre em contato pelo e-mail:


 Ou então, você pode saber mais informações entrando no link sobre as palestras no nosso site:



Só fazendo uma ressalva, depois de ler o livro inteiro, acredito que você já me conhece bem e sabe que adoro ajudar as pessoas e que não sou uma pessoa gananciosa e egoísta, portanto, se você for diretor ou professor de um colégio público, ou coordenador de algum projeto social e/ou de alguma ONG, enfim, se você fizer parte de qualquer empresa ou projeto SEM FINS LUCRATIVOS e quiser uma palestra minha, saiba que terei o maior prazer de fazer uma palestra totalmente DE GRAÇA em qualquer lugar do Brasil...Enfim, fique à vontade para entrar em contato comigo ou com alguém da minha equipe!!!"



quarta-feira, 19 de março de 2014

Assembleias escolares * uma forma de resolver conflitos




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Programa indicado para professores e alunos de 1ª a 8ª série do Ensino Fundamental. 

Direção: Roberto Machado
Realização: TV Escola
Brasil, 2005

É lugar-comum a queixa de professores e alunos acerca dos problemas crescentes que envolvem o não cumprimento de regras, a ausência de formas de mediação de conflitos e o desinteresse generalizado pela participação, seja na vida escolar ou pública.

O documentário mostra uma versão contemporânea de uma prática que já tem mais de
80 anos: a discussão entre educadores e alunos sobre as normas que devem conduzir a convivência escolar. Não se trata de uma panaceia capaz de resolver, em um passe de
mágica, os inconvenientes disciplinares da escola. É, antes, um recurso educativo que visa a formar discentes comprometidos com a solução de contratempos, capazes de debater abertamente o que lhes agrada ou desagrada e comprometer-se com as medidas propostas.


( Continua no link )

Sugestões de estratégias de trabalho, da página 21 a 24, em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000015516.pdf


Inclusão Social na escola * curta metragem



Retirado deste link

Leia mais sobre esse curta aqui




sábado, 15 de março de 2014

Disciplina não é só uma das matérias do Currículo Escolar





Cuidado: não pense que esse livro serve para impor limites aos menores.
Ou para sua vida pessoal apenas.
Ele serve para TUDO. Todos os campos da vida. 
Inclusive para quem é professor e aluno!





"Disciplina: o caminho da vitória"
(Sinopse retirada da Livraria Saraiva:)

"Que força é essa, capaz de modificar de modo tão profundo nossas vidas? Não é encontrada ao acaso, nem tampouco distribuída aleatoriamente entre nós, não pode ser comprada ou transferida, mas pode sim ser construída dentro de cada um e dentro de nossas organizações. Disciplina: o caminho da vitória!"


Se interessou por ele, mas não o encontrou 
disponível nas grandes livrarias?
Veja na Estante Virtual!




sexta-feira, 14 de março de 2014

A Lei da Palmada

Educação de caráter vem de casa. As crianças e adolescentes mostram essa educação no dia a dia escolar ,e também fora dos muros da instituição.

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 Retirado deste link



"Tramita no congresso, já aprovado em comissões e com tendência à aprovação pelas casas, o projeto de lei n. 7672/2010 de iniciativa da presidência da república, que prevê a proibição da imposição de castigos físicos dos pais sobre os filhos. Ganhou o inadequado apelido de ‘Lei da Palmada’. Não se trata de uma regulamentação da famosa palmada e sim da tipificação de sua ilicitude.
A matéria gera polêmica devido à truculência de muitos que acreditam que é assim que se devem educar os filhos, na base do chinelo. É de se lamentar. Argumentam os defensores da “palmada" que, como apanharam e se tornaram bons cidadãos (em seu próprio juízo, ressalte-se), também batem em seus filhos para se tornarem à sua semelhança. E o ciclo pretende continuar...
Causa-me espécie, já que talvez não seja, aos olhos daqueles, um bom cidadão, pois nunca apanhei dos meus pais. Garanto que na minha casa nunca se precisou chegar à violência para que se formassem cidadãos de bem. Não é a porrada que molda o caráter. Meus pais acertaram antes e não precisaram consertar seus erros nos batendo. Ademais, sugiro que se pergunte nos presídios brasileiros, onde supostamente estão os piores criminosos, se eles apanharam de seus pais. Suspeito piamente que sim, embora o resultado dessa “pedagogia” salte aos olhos.
Nesta toada, se não há também legislação qualquer que autorize que se bata em criminosos, seja qual for o crime que cometeram, como pode a lei autorizar ou tolerar que se bata em crianças? Duvido que o que tenham feito chegue perto do que fizeram os que estão presos. E ainda, se um adulto bate em outro é crime. Como admitir a licitude de uma conduta em que um adulto bate em uma criança?
Em tom de ironia, diante da insurreição de certas mães que defendem com veemência a prática “corretiva”, pergunto se elas concordariam em levar uns tapas de seus maridos caso fizessem algo errado. A indignação é geral, como se pode imaginar. Vários pesos e várias medidas. Isso, aliás, também depõe contra a violência dos pais. A sanção, muitas das vezes, é desproporcional, resultado mais do estado emocional do agressor, funcionando como um escape de sua situação. A criança acaba pagando mais pelo desequilíbrio dos pais do que propriamente pelo que fizeram.
Os truculentos reclamam da sociedade violenta em que vivemos, esquecendo-se que essa “solução” para os problemas normalmente surge em casa. Usar da violência para justificar a “educação” só serve para criar cidadãos ainda mais violentos. Mas a cegueira de quem bate, às vezes sem dó ou critério em seus filhos, impede que se aceite a lógica."

quarta-feira, 12 de março de 2014

Lei que proíbe celular

Lei proíbe uso de celular na sala de aula

Juca Gil é professor de Políticas Educacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Retirado deste link


Lei Nº 4.131/2008, do Distrito Federal


A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, em maio de 2008, uma lei que proíbe alunos de usar celulares e aparelhos eletrônicos como MP3 players e videogames em escolas públicas e privadas da Educação Básica. Está liberada a utilização nos intervalos e horários de recreio, fora da sala de aula, cabendo ao professor encaminhar à direção o aluno que descumprir a regra. O projeto de lei que originou a norma diz que o uso do telefone pode desviar a atenção dos alunos, possibilitar fraudes durante as avaliações e provocar conflitos entre professores e alunos e alunos entre si, influenciando o rendimento escolar. Se por um lado, a tecnologia serve de apoio às ações educacionais, por outro o seu uso exacerbado se torna um empecilho. Há diferenças entre a discussão das formas e dos modos de fazer uso de tecnologias em espaços coletivos e sua exclusão. A escola tem o dever de humanizar e educar cidadãos, posicionando-se por vezes no fio da navalha entre exercer a autoridade e ser autoritária. Não é imprescindível criar uma lei para disciplinar o uso desses aparelhos nas escolas, pois as determinações sobre essa questão podem constar do regimento interno e do projeto político-pedagógico.


Escola também é lugar de tecnologia

 | Comportamento dos alunosGestão

Retirado deste site 
Há poucos dias, um aluno recém-chegado à universidade, mais especificamente em um curso da área de Ciências Humanas, me contou um caso bastante sintomático sobre a maneira como a tecnologia ainda é encarada na sala de aula.
Ele me descreveu sua primeira semana na faculdade, aquele momento em que somos apresentados aos professores e às disciplinas que iremos cursar ao longo do semestre. O primeiro impacto sentido por ele foi a maneira como a coordenadora do curso se apresentou, informando logo de cara à todos:
– Quero que saibam que não estou aqui para ser amiga de ninguém. Presto um serviço para a universidade e não confundo, nem gosto que confundam, o meu papel. Não gosto de brincadeiras e não sou muito de risadas. Espero que me procurem somente quando houver um assunto de muita importância. Estamos combinados?
Ainda impactado pela falta de humanidade da coordenadora, e suspeitando tratar-se de uma aula trote, esse rapaz logo foi confrontado por outro anacronismo.
Durante as aulas que se seguiram, ele me contou que cada professor apresentou em Power Point o que chamaram de contrato de sala (popularmente conhecido como regras ou combinados da turma). Todos os contratos estavam prontos e sacramentados somente por um dos envolvidos: o professor. Claro que não se considerou o significado da palavra contrato, isto é, trato entre pessoas. Caso contrário, ele teria sido construído com o envolvimento, ainda que parcial, de todas as partes.
Pois bem, nesses contratos, duas das professoras do curso se posicionaram radicalmente contra o uso de computadores, tablets e afins. Uma delas não se deu ao trabalho de argumentar. A outra apresentou a seguinte justificativa:
– Sou da velha guarda e não aceito computador ou outro equipamento similar nas minhas aulas. O aluno, quando escreve, presta mais atenção porque tem que ler o que escreveu. Além do mais, ele pode se distrair usando a internet durante a aula…
Ai! Haja paciência! É ou não é subestimar muito o ser humano aluno que está ali?
Esse exemplo de rejeição ao uso da tecnologia em sala de aula confirma a dificuldade de muitos profissionais em conceber que a educação não pode se voltar contra uma realidade global. Ao se declarar como sendo da “velha guarda”, a professora assume que não sabe lidar com as inovações trazidas pela contemporaneidade para o dia a dia do profissional da educação. A situação fica ainda mais comprometida quando justifica que escrevendo o aluno terá mais atenção. Ora, isso significa que digitar não exige a leitura? Então todos os textos que produzimos no computador não são relidos, corrigidos ou modificados?
O receio de que a internet seja mais atraente do que sua explanação demonstra ainda a ausência de um planejamento que inclua pesquisas na internet durante a aula. E, finalmente, acreditar que a proibição da tecnologia garantirá a atenção e envolvimento dos alunos é, no mínimo, uma ingenuidade do professor.
Há bem pouco tempo, no 26º Encontro Nacional de Professores do Proepre – Neurociências e Educação, tive a oportunidade de ouvir dois respeitáveis neurologistas que afirmaram em suas palestras a impossibilidade de a escola atual impedir ou inviabilizar o trabalho com as novas tecnologias. Demonstraram cientificamente que a evolução no córtex cerebral humano possibilita às novas gerações consideráveis avanços em suas habilidades quanto ao mundo virtual e que, portanto, a Educação deve usar isso a seu favor.
Sendo assim, nosso foco deve estar nas diferentes maneiras de se utilizar as novas tecnologias como ferramentas pedagógicas e não em combatê-las. Na próxima semana, nos contrapondo aos relatos que serviram de exemplos quanto à postura ineficiente do educador frente aos combinados e utilização da tecnologia, trarei práticas e posturas favoráveis à construção da autonomia de nossos alunos.
Quero muito conhecer sua opinião sobre esse tema. Compartilhe conosco suas dúvidas e experiências – bem sucedidas ou não. Nossa intenção será sempre a de provocar boas reflexões.
Cumprimentos mineiros e até a próxima segunda!
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