"Eduquemos as crianças, e não será necessário castigar os homens" - Pitágoras

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

BBB nas escolas : O que você acha disso?

Lei obriga escolas a informar pais sobre rotina dos alunos

Câmeras gravam o cotidiano das escolas e os pais podem acompanhar pela internet tudo o que os filhos fazem, assim como a freqüência e o rendimento escolar.

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Uma lei obriga todas as escolas, públicas e particulares, a informar os pais sobre as atividades dos alunos. Será que essa lei pega?


Câmeras pra todo lado. Cento e quarenta na entrada, nos pátios, corredores e até nas salas de aula, mas estas ninguém acessa pelo computador. As aulas são gravadas e as imagens só são vistas quando não há outro jeito.

“Por exemplo, uma aluna pensou ter esquecido uma bolsa na sala. Constatamos que não, após verificar a câmera”, diz Mark Anderson, diretor da escola.

Os alunos já se acostumaram. “No começo, a gente fica com um pouco de medo de fazer alguma coisa errada, mas agora não”, comenta Letícia Mamede, estudante.

“Eu acho que é para a nossa segurança”, diz Rebeca, 14 anos.

Já em outro colégio os pais têm outra forma de acompanhar os filhos. Tudo o que acontece em sala de aula vai parar na internet. A escola registra diariamente se o aluno trouxe ou não o material, se fez as tarefas se trouxe o material escolar. E até aquela conversa fora de hora também aparece no site da escola.

À tarde, os pais já podem ver as anotações do dia. “A gente informa ao pai de que houve uma ocorrência disciplinar ou um baixo rendimento ou a falta da tarefa”, diz Jane Castelo Branco, coordenadora pedagógica.

Na página do colégio, Carla descobriu algumas "travessuras" do filho mais velho.

“Se mentir eu vou saber, eu vou descobrir que vai estar na internet, né, não mentem, não”, comenta Carla Ortega, mãe de aluno.

E os estudantes, o que acham disso? “É meio invasão de privacidade”, comenta Gabriela Rodrigues de Araújo, 12 anos.

Para uma educadora, nem sempre é invasão, mas a tecnologia não deve ser usada para ameaçar o aluno.

“Se existe por trás, na família, um diálogo permanente com os filhos, aquela informação que está no portal pode até ser desnecessária na medida em que os próprios filhos já passaram todas essas informações para os pais”, declara Maria de Fátima Guerra, educadora - UNB.

Na casa de Isabela é assim. Ela conta tudo para os pais. “Eu ganho a confiança deles e eles vão acreditar na minha palavra. Isso é bom”, diz Isabela Romão, 11 anos.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Considero muito chato esse tipo de "controle". Acredito no diálogo franco e aberto, que busca mostrar à criança a necessidade e os benefícios que traz ao se ajudarem mutuamente: ao filho, a proteção garantida, e aos pais a certeza de que seu filho está sendo devidamente formado.

22 de agosto de 2009 às 12:56

 

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